04 November, 2019
É do conhecimento geral que o peso é um indicador insuficiente da composição corporal.
O próprio IMC (Índice de Massa Corporal) é bastante impreciso, havendo atletas de elite com elevada massa muscular e muitas vezes com um IMC superior a 25 kg/m2 (indicador de excesso de peso / pré-obesidade pela Organização Mundial de Saúde). Mais ainda, sabendo que o cálculo do IMC corresponde à divisão do peso pela altura ao quadrado, quanto maior for o peso, maior será o IMC, mesmo que o atleta apresente níveis de massa muscular elevados. Logo, este cálculo não é suficiente, principalmente para atletas.
Outros métodos direcionados para a avaliação da composição corporal, nomeadamente as balanças de bioimpedância são frequentemente utilizados, principalmente pela sua comodidade e rapidez na avaliação. No entanto, é um dos que apresenta mais limitações dada a influência de determinadas variáveis, mesmo quando os sujeitos são avaliados em condições semelhantes.
Dentro das possíveis razões para essas limitações pode ser mencionada a utilização de determinadas equações matemáticas, desenvolvidas em amostras heterogéneas. Diferenças étnicas ou o estado de hidratação dos indivíduos avaliados são alguns dos aspetos que podem enviesar de forma significativa o resultado da avaliação, por via dessas mesmas equações. Por outro lado, a avaliação por pregas cutâneas representa um método direto, no qual se verifica a medição efetiva da espessura da prega e, indiretamente, por via de equações específicas, a percentagem de massa gorda.
Numa altura em que muitos se preparam para as competições de final de ano, é importante perceber se existe espaço para ‘abusos’ nas festividades, pelo que a avaliação da composição corporal é fundamental. Além disso, uma composição corporal otimizada – com menores índices de massa gorda - está relacionada com a diminuição da incidência de lesões e um melhor rendimento desportivo (na grande maioria das modalidades).